quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Requisitos para um design acessivel

Ao considerar o usuário com deficiência visual, o primeiro parâmetro a analisar diz respeito à forma como se dá a navegação na Web. Assim como o aprendizado para qualquer fim, acontece pela estimulação dos outros quatros sentidos. Na Web, a cognição dos deficientes visuais se dá pelo uso do tato e da audição. O tato compreende o uso do teclado, já a audição é aguçada pelo uso dos ledores de tela, softwares que lêem o conteúdo disponibilizado na tela. Atenta-se para o fato de que os ledores são programas de voz, que identificam uma determinada linguagem de programação e por isso estão suscetíveis a erros.

No mercado encontram-se alguns ledores de tela disponíveis para uso e venda. Segundo usuários entrevistados na ACIC, o que melhor atendia suas necessidades era o Jaws, software norte americano, fabricado pela empresa Henter-Joyce, entretanto de preço bastante elevado, cerca de 1500 dólares. De grande importância para o cenário nacional, em 2002 foi lançado, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o ledor Dos-Vox, software gratuito, porém bastante limitado, segundo avaliação colaborativa de usuários da ACIC.

Outro fator de suma importância a ser destacado, atenta para o fato de que, aplicados para a Web, os ledores identificam apenas a linguagem de programação HTML, ou ramificações como XML. Um documento Word, por exemplo, é impossível de ser lido por estes softwares, assim como boa parte dos Flashs e de Applets Java. Os arquivos PDF apesar de serem acessíveis não possuem uma boa usabilidade. (MAQ, 2007)

O nível de usabilidade que estas interfaces [ledores] proporcionam irá permitir a navegação dos deficientes visuais pela Web, trabalhando em ambiente Windows ou Linux, sem a necessidade do mouse, fazendo uso de teclas de atalho ou da tecla “tab”. (BONATTO, 2003)

Segundo Neto (2006), os padrões de acessibilidade devem ser incorporados no hardware ou no sistema operativo a fim de que preferencialmente sejam utilizados por usuários portadores ou não de deficiência visual, ou seja, é preferível projetar um único sistema capaz de ser acessível a quaisquer usuários, com limitações ou não.

*Fonte: trecho do artigo científico dos acadêmicos Geisa Golin, Bárbara Duarte Dutra e Gabriel Lima publicado no 7° Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interface Humano-Computador.

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